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Os data centers podem ser considerados como a espinha dorsal da infraestrutura de TI moderna. Essas instalações são essenciais para o funcionamento contínuo de empresas de todos os portes. De acordo com a organização sem fins lucrativos 7×24 Exchange International, existem atualmente cerca de 7.200 data centers no mundo.
No entanto, muitas vezes utilizamos o conceito sem ter uma ideia mais concreta de como os data centers são construídos e funcionam. Neste artigo, vamos explorar o que são os data centers, para que servem e por que são tão importantes na era digital.
O que é um Data Center?
Um data center é uma instalação física que abriga equipamentos de computação e dispositivos relacionados, como roteadores, switches, unidades de armazenamento de dados e servidores, entre outros. Essas infraestruturas são projetadas para armazenar, processar e gerenciar grandes volumes de dados digitais de uma empresa.
No mundo atual, os data centers são cruciais para empresas que dependem de tecnologia para executar suas operações. Eles garantem um ambiente seguro e controlado para armazenar dados e programas essenciais, e permitem que essas informações fiquem protegidas contra eventuais falhas ou ataques. Além disso, o data center assegura a disponibilidade constante desse conjunto de recursos, principalmente em caso de quedas de energia ou falhas.
Os data centers são categorizados atualmente em quatro tiers ou camadas, de acordo com as funcionalidades e a quantidade de recursos de segurança e proteção empregados. Um dos principais fatores de classificação é o nível de redundância, ou seja, a presença de diversas máquinas e sistemas de backup executando a mesma função. Quanto mais redundância, maior é a garantia de funcionamento do data center em caso de panes ou imprevistos.
Quais são as classificações dos data centers?
O Uptime Institute, fundado em 1993, é a principal autoridade global para a certificação de data centers. A criação do sistema de tiers contribuiu para que empresas de todo o mundo possam procurar soluções confiáveis e eficientes de data centers. A instituição já concedeu mais de 3.400 certificações em mais de 110 países.
Para gerenciar a complexidade dos data centers, o Uptime Institute estabeleceu quatro categorias. Confira a seguir quais são elas:
- Tier I: Este é o nível básico de infraestrutura, com capacidade para fornecer suporte de TI em um ambiente de escritório ou pequenas empresas. O Tier I protege contra paralisações causadas por erro humano, mas não contra falhas ou interrupções inesperadas. As instalações precisam ser completamente desligadas para manutenção preventiva e reparos. O tempo de inatividade anual permitido é de até 29 horas.
- Tier II: As instalações com esta certificação adicionam alguns equipamentos de redundância atrelados ao fornecimento de energia e ao resfriamento das máquinas. Os componentes podem ser removidos sem a necessidade de desligá-los, mas o sistema ainda pode ser afetado por falhas inesperadas. O tempo de inatividade anual é de até 22 horas.
- Tier III: Esta categoria adiciona muitos componentes de redundância, para aprimorar a segurança dos dados, e garantir a manutenção sem a necessidade de desligamento ou paralisação do data center. Com tantos equipamentos sobressalentes, um Data Center Tier III consegue manter o seu funcionamento mesmo em um cenário crítico, garantindo a integridade do serviço em situações de panes ou falhas. O tempo de inatividade anual cai para 1 hora e 36 minutos.
- Tier IV: Um data center com esta classificação possui vários sistemas independentes e fisicamente isolados, que atuam de forma redundante e evitam qualquer tipo de interrupção causada por circunstâncias inesperadas. Com tanta redundância, o sistema se torna altamente tolerante a falhas, pois um equipamento continua funcionando em caso de erro em outro. Desta forma, as operações de TI não são afetadas. Os data centers Tier IV exigem resfriamento contínuo para tornar o ambiente estável, e o tempo de inatividade anual permitido é de apenas 26 minutos.
Evolução dos Data Centers
Como os data centers atingiram esse nível de confiabilidade e excelência? Para respondermos a essa pergunta, precisaremos voltar aos anos 1940, quando surgiram os primeiros grandes computadores eletrônicos. Essas máquinas, desenvolvidas no Reino Unido e nos Estados Unidos, ocupavam salas inteiras, e tinham como função principal calcular códigos de artilharia para operações de guerra.
Considerado o primeiro computador eletrônico e digital, o ENIAC (sigla para Integrador e Computador Numérico Eletrônico) foi desenvolvido por engenheiros da Escola de Engenharia Eletrônica da Universidade da Pensilvânia (EUA), e entrou em funcionamento em fevereiro de 1946. Com capacidade de cálculo revolucionária para a época, o ENIAC abriu caminho para o desenvolvimento constante de novos computadores, cada vez mais aprimorados e eficientes.
Nos anos 1950, começaram a surgir as primeiras formas rudimentares de data centers, embora o conceito como conhecemos hoje ainda não existisse. Esses centros de processamento de dados eram salas equipadas com grandes computadores, responsáveis por alimentar organizações do governo e grandes empresas com informações. No entanto, a maioria das empresas ainda preferia manter registros em papel, pois esses computadores dependiam de alto custo de manutenção e ocupavam muito espaço.
Com a popularização crescente dos computadores, principalmente a partir dos anos 1980, as empresas perceberam a necessidade de organizar e controlar os seus recursos de TI, diante de operações cada vez mais complexas e cruciais para a execução de processos rotineiros. O uso do termo data center começou, então, a ser mais disseminado, em geral para se referir aos servidores abrigados em uma sala específica dentro das empresas.
Foi com o boom da internet que os data centers como conhecemos hoje começaram a tomar forma. As organizações passaram a depender de conectividade rápida e estável à internet, além de sistemas que operavam de forma ininterrupta. Para muitas empresas, era inviável construir instalações próprias. Surgiram, então, companhias especializadas em fornecer esse serviço. Elas investiam na construção de data centers de alta capacidade, e compartilhavam essa infraestrutura com seus clientes.
Qual é o futuro dos data centers?
Em um mundo altamente conectado como o nosso, a confiabilidade no processamento de dados se tornou imprescindível. Por isso, o mercado global de data centers está em franco crescimento desde a década de 2010. De acordo com a consultoria Gartner, os gastos com infraestruturas de data centers atingiram o patamar de 200 bilhões de dólares em 2021.
Com o boom das ferramentas de inteligência artificial generativa, a popularização da computação em nuvem, e a quantidade crescente de dispositivos online, estima-se que a produção global de dados atingirá patamares inimagináveis nos próximos anos. Em 2020, a quantidade de dados criados e consumidos em todo o mundo foi de 64,2 zettabytes (64,2 trilhões de gigabytes). Em 2025, esse valor alcançará impressionantes 180 zettabytes (180 trilhões de gigabytes) – um aumento de quase três vezes em um intervalo de apenas 5 anos.
Os data centers serão peças cada vez mais essenciais para o êxito de empresas de todos os portes. Um exemplo de data center que opera com os padrões mais modernos de eficiência e segurança na era digital está no coração do Brasil. A Everest Digital, empresa do Grupo Soluti, é o primeiro data center com Certificação Tier III da região Centro-Oeste, e pode executar todas as atividades planejadas de infraestrutura, como manutenção preventiva, reparo e substituição de componentes, e testes de sistema, sem interromper a operação.
Para receber a Certificação Tier III, a Everest precisou comprovar a adoção de padrões globais de excelência, culminando na obtenção do selo internacional pela instituição alemã TUV Rheinland. A Everest Digital desenvolve e entrega soluções inovadoras para impulsionar a eficiência na gestão de TI de empresas em todo o Brasil. Além da infraestrutura moderna, os clientes contam com automação aliada à máxima eficiência em Facilities, portfólio completo em serviços de TI e equipe técnica qualificada para atender necessidades específicas, aumentando a produtividade e competitividade através do uso inteligente da tecnologia.