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A implementação obrigatória da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) em padrão nacional, a partir de 1º de janeiro de 2026, marca um dos movimentos mais relevantes da modernização tributária brasileira.
A medida, prevista pela Lei Complementar nº 214/2025, representa não apenas a adoção de um novo modelo tecnológico, mas uma mudança estrutural que impacta municípios, empresas de serviços e todo o ecossistema fiscal do país. Com o prazo se aproximando rapidamente, a adaptação deixou de ser opcional e passou a ser uma necessidade imediata.
O que a Lei Complementar nº 214/2025 determina
A nova legislação estabelece que todos os municípios devem aderir ao padrão nacional da NFS-e, seja utilizando o emissor nacional disponibilizado pela Receita Federal, seja integrando seus sistemas próprios ao ambiente unificado. A diretriz é muito clara, a partir de 2026, não haverá mais espaço para modelos isolados ou formatos divergentes de nota fiscal, eliminando a fragmentação histórica entre sistemas municipais.
Essa obrigatoriedade vem acompanhada de uma consequência importante, municípios que não realizarem a adesão terão suspensas as transferências voluntárias da União, o que inclui recursos essenciais para áreas como saúde, educação, obras públicas e desenvolvimento social. A lei, portanto, torna a padronização não apenas um avanço tecnológico, mas uma responsabilidade administrativa direta das gestões municipais.
Como a mudança afeta empresas de serviços
Para as empresas, a adoção do padrão nacional exige uma revisão completa dos fluxos de emissão fiscal. A nova nota fiscal vai passar a ter um layout padronizado em todo território nacional a partir de 01/2026. Esse processo abrange os modelos de NF-e, NFC-e e NFS-e, impactando diretamente comércio, serviços e indústria.
Mesmo quem já está acostumado a emitir NFS-e precisará ajustar processos internos, atualizar sistemas e garantir que seus ERPs e plataformas estejam compatíveis com o layout nacional e com as novas regras de validação. Isso envolve revisar integrações, APIs, modelos de autenticação e rotinas de envio.
Além disso, a mudança reduz a multiplicidade de padrões municipais, mas cria um período de transição em que as empresas precisarão acompanhar de perto eventuais atualizações e adequações técnicas. Quem não se preparar corre o risco de enfrentar falhas na emissão, interrupções operacionais, inconsistências na comunicação com prefeituras e até erros fiscais que podem gerar complicações posteriores.
A transição para um modelo tributário digital
A obrigatoriedade da NFS-e nacional está alinhada ao avanço da Reforma Tributária, que busca simplificar processos, integrar informações e aumentar a transparência fiscal em todo o país. Ao unificar o modelo, o governo cria uma base tecnológica mais sólida para a futura estrutura tributária, permitindo maior rastreabilidade de dados, redução de custos e eliminação de redundâncias que antes afetavam tanto empresas quanto administrações públicas.
Essa transição representa uma modernização significativa, impulsionada pela governança digital e pela automação. À medida que o ambiente fiscal se torna mais integrado, empresas e municípios precisam fortalecer sua infraestrutura tecnológica para acompanhar o novo padrão de operação.
Para integrar, o município deve:
- assinar convênio com a Receita Federal;
- parametrizar as regras locais no ambiente nacional;
- capacitar as equipes.
A Receita já adiantou que esse será um processo com atualizações periódicas. Por isso, acompanhar as mudanças ou contar com um parceiro que faça esse acompanhamento será essencial para não perder o ritmo.
Certificação digital como elemento essencial
Dentro desse novo contexto, a certificação digital ganha importância estratégica. O acesso aos sistemas da NFS-e pode ser realizado por meio de certificado digital, que funciona como uma identidade eletrônica segura e reconhecida pela ICP-Brasil. O uso de e-CPF ou e-CNPJ torna o processo muito mais ágil, eliminando a dependência de senhas e garantindo autenticidade e integridade às informações enviadas.
Os Certificado Digitais da Soluti reduzem vulnerabilidades, asseguram a rastreabilidade das operações e simplificam o relacionamento entre sistemas internos e o ambiente nacional da NFS-e. Soluções modernas em nuvem, como as oferecidas pela Soluti, tornam esse processo ainda mais eficiente, permitindo mobilidade, segurança aprimorada e facilidade de integração para empresas que precisam operar em um ambiente fiscal cada vez mais digitalizado.
Com o prazo de 2026 se aproximando, a adoção da NFS-e nacional não pode mais ser vista como um projeto futuro, mas sim um projeto urgente. Municípios e empresas precisam avançar imediatamente em seus processos de adequação, garantindo que sistemas, equipes e fluxos internos estejam preparados para o novo modelo.
A padronização nacional da nota fiscal inaugura uma fase mais transparente, integrada e tecnologicamente robusta da gestão tributária no Brasil, e a certificação digital desempenha um papel decisivo para que essa transição ocorra de forma segura e eficiente. Esse avanço demonstra cada vez mais como a Soluti caminha lado a lado das inovações e avanços tecnológicos.


